Coletivimo

Fonte: humanipedia
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(de coletivo e este do lat. Collectivum). Pertencente ou relativo a qualquer agrupação de indivíduos. Doutrina, sistema social e movimento político cujos ideais são a comunidade de bens e serviços e que pretendem transferir para o Estado a distribuição da riqueza. Trata se de um movimento muito contraditório, que contribuiu para o surgimento das correntes socialista, comunista anarquista e várias correntes nacionalistas. Parte da contraposição do social com o individual, concedendo prioridade ao coletivo. Este dilema apresenta dificuldades porque a sociedade não pode ser reduzida a um organismo biológico ou a uma espécie e o ser humano a um indivíduo animal. Mas o coletivismo representava historicamente uma reação contra o individualismo exacerbado. A experiência histórica tem testemunhado a inconsistência teórica e prática dos postulados do coletivismo e do individualismo; tem demonstrado suas limitações e conseqüências negativas quando se opta em favor de um dos pólos deste dilema. Em realidade, os interesses do ser humano como personalidade não são nem podem ser antagônicos em relação às necessidades do progresso social. O desenvolvimento integral da pessoa, de suas capacidades, é uma condição inalienável do avanço da sociedade. Pelo contrário, quando o ser humano se reduz à condição de engrenagem de um coletivo, chega finalmente à morte de uma civilização. O coletivismo parte de princípios morais e sentimentos de solidariedade entre pessoas no trabalho, na vida comum, na luta política, na cultura. É contrário ao individualismo e ao egoísmo. As tradições do coletivismo determinam a ação das pessoas para a sociedade, para outras pessoas... E orientam a conduta social, contribuindo para a formação de determinados valores humanistas (ajuda mútua, respeito mútuo, solidariedade). Mas, em alguns casos, o reconhecimento da prioridade dos interesses coletivos e mais amplamente sociais (incluídos os estatais), pode servir para o esmagamento da liberdade da pessoa, de seus interesses existenciais e de suas necessidades. Esta situação é característica das sociedades totalitárias. Em principio, as tradições do sadio coletivismo são o fundamento verdadeiro da convivência humana, da humanização da vida pessoal e social. Não há humanismo sem coletivismo, mas, nem toda manifestação do coletivismo tem verdadeiro caráter humanista. O Novo Humanismo entende a essência do coletivismo real como consciente e sincera solidariedade de pessoas livres e organizações que expressam seus interesses vitais.