Dependência
(de depender e este do lat. Dependere: estar subordinado a uma pessoa ou coisa). Subjeção, subordinação, sistema de relações de domínio ditado por um sujeito em relação a outro, por uma potência forte sobre um país débil, pela metrópole sobre uma colônia. É um sistema de subordinação econômica, política, sócio-cultural, psicológica, de uma pessoa, grupo, Estado, povo, à outra pessoa, grupo, Estado. Como regra, o mais débil está em dependência do mais forte.
A dependência pode ter origem histórica natural e artificial (imposta): O primeiro, pai e filho; o segundo, metrópole e colônia, Estado desenvolvido e subdesenvolvido. A dependência é o resultado da dominação e violência do um sobre o outro.
O problema da dependência é um dos principais na vida dos estados latino-americanos, nos quais, desde há séculos, continua a luta pela verdadeira independência econômica e política e pela soberania nacional - estatal.
Na família patriarcal, a dependência se manifesta nas relações de superioridade do homem em relação à mulher, do maior de idade em relação ao menor, etc.
Na atualidade, as relações de dependência dos países mais frágeis em relação às grandes potências não são reconhecidas juridicamente, e até são condenadas moralmente e desde o ponto de vista jurídico pela comunidade mundial, mas existem de facto, mesmo que todos os estados membros da ONU sejam reconhecidos como independentes. Não obstante isso, conserva-se o controlo financeiro, econômico, militar e até administrativo (em algumas esferas), por parte das ex-metrópoles.
O Novo Humanismo luta pela superação da dependência e a consolidação da soberania, pelas relações de boa vizinhança, a igualdade de todos os povos e a observação das normas internacionais universalmente reconhecidas. Pronuncia-se contra todas as formas da dependência nas relações entre os seres humanos, povos e nações, ao mesmo tempo em que luta pela igualdade de direitos, a liberdade e a solidariedade.